Informações divulgadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) mostram que apenas em janeiro deste ano, 99 veículos foram roubados no Acre. O dado é menor, se comparado ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 102 roubos deste tipo.
Os meses de fevereiro, março, abril e maio ainda não constam dados na plataforma do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp).
Em 2020, durante o ano todo, foram gerados 836 boletins de ocorrência informando sobre o roubo de veículos.
A maioria dos carros roubados no Acre trata-se de caminhonetes. Todas têm um destino: a fronteira do Brasil com a Bolívia. A troca desses veículos por armas e drogas alimenta a guerra entre as facções nas principais cidades do Estado.
No final de maio um crime chamou a atenção das autoridades e chocou os acreanos. O fretista Francisco Alves Maia, 56 anos, foi vítima de uma quadrilha especializada no roubo de caminhonetes e caminhões. A vítima foi atraída para fazer um frete no loteamento Praia do Amapá, foi rendida e morta horas depois.
A Polícia Civil desvendou o caso e prendeu três pessoas acusadas de participação no crime, sendo uma delas uma mulher, que teria atraído o trabalhador para fazer o transporte da “mudança”.
Até o momento o caminhão de Francisco não foi localizado. A última vez que foi visto foi no dia do desaparecimento do caminhoneiro. Circuito de câmeras de comércios identificaram o caminhão da vítima em Epitaciolândia. Acredita-se que o veículo está em território boliviano.