Durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (4), para apresentar números que mostram a redução da violência no Acre, o secretário de Segurança Pública, Paulo César Santos, disse o sistema prisional no Acre, hoje, é bem diferente de quando o governador Gladson Cameli (PP) assumiu em janeiro de 2019. Ele frisou que atualmente, há ordem e disciplina nas unidades prisionais.
“O presídio não é mais como no passado onde as chaves ficavam nas mãos de um faxina. Hoje, a Polícia Penal tem domínio pleno do presídio. O ambiente prisional é um ambiente de ordem, respeito e disciplina e o cumprimento de normas constitucionais. Hoje, ninguém quer ir para o presídio e naturalmente os números diminuem”, assegurou o secretário.
Já o comandante da Polícia Militar do Acre, Paulo César Gomes da Silva, falou sobre a taxa de roubos de veículos no Acre e fez um comparativo do triênio 2016-2018 com o triênio 2019-2021. Houve uma redução de 15% das ocorrências para este tipo de delito. Ainda segundo o comandante da PMAC, nestes três últimos anos, 63% dos veículos roubados, foram recuperados pelas Forças de Segurança.
Ainda de acordo com o secretário de Segurança Pública, Paulo César Santos, o Acre é o estado que mais reduziu mortes violentas nos últimos anos. Ele falou também que os resultados alcançados não se devem a uma trégua imposta pelas facções criminosas que operam no Acre, mas sim o fortalecimento do Estado no tocante à Segurança Pública.
“O Estado retomou a ordem e as pessoas estão declinando da prática criminosa. O crime organizado do Brasil surgiu em duas etapas, uma na década de 80 no Rio de Janeiro [Comando Vermelho] no início da década de 90 em São Paulo [Primeiro Comando da Capital CC]. Elas se organizavam dentro do ambiente prisional. Nada mais importante que retomar a disciplina no ambiente prisional”, disse o secretário ao enfatizar que é preciso, também, “encarar a fronteira como uma questão estratégica” para o combate ao crime organizado.
Paulo César Santos acrescentou que é preciso inverter a lógica. Segundo ele, “não houve trégua” das facções, mas sim “houve um recuo”.
“O governador Gladson Cameli coordenou esse trabalho, deu o apoio necessário. Há uma legitimação do primeiro estado a legitimar uma Polícia Penal. Nada foi feito sem o referendo do Poder Judiciário” e citou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como um “parceiro” para essa redução de práticas criminosas.
Já o delegado-geral de Polícia Civil, Josemar Portes, disse que o cumprimento da lei penal faz com que o crime recue, retroceda. “A Lei Penal bem aplicada, ela tem um caráter dissuasório, de desestimular. Quando se apreende ativos, prende pessoas perigosas, isso tem um efeito dissuasório. Isso tem um efeito inibidor. Hoje estamos experimentando esse efeito da Lei de Execução Penal”.