O imbróglio causado pela operação padrão deflagrada por policiais Penais do Acre que não tiveram suas reivindicações atendidas pelo governo estadual gerou o cancelamento das visitas aos presos do sistema prisional acreano e consequentemente desencadeou uma onda de protestos por parte de familiares dos apenados na capital e também em cidades do interior
Essa novela teve mais um capítulo neste domingo, 28, classificado pelo presidente da Associação do Políciais Penais (Asspen), Eden Azevedo, como um verdadeiro absurdo e descaso com a segurança no maior presídio do Estado, o Francisco D’Oliveira Conde (FOC).
O Notícias da Hora teve acesso com exclusividade a vídeos e fotos que mostram visitantes em filas aguardando o momento de entrarem na unidade prisional e a movimentação dentro do FOC, bem como policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva (Giro) acionados pela direção do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) para liberar a visitação.
Azevedo afirmou que logo pela manhã o diretor do FOC, Leandro Rocha, percebendo que não havia possibilidade de liberar a visitação dos presos pelo baixo contingente de policiais penais mais uma vez suspendeu as visitas e comunicou à direção do Iapen. Visitantes que aguardavam para entra deuram inicio a mais um prostesto e bloquearam a rua bem na entrada da unidade prisional.
Eden Azevedo disse ainda que foi o diretor do Instituto, Arlenilson Cunha que solicitou via Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) o envio de militares do Bope e do Giro para liberar a via de acesso ao presídio e também as visitas. O sindicalista disse ainda que o mais absurdo de tudo é que logo após a entrada das visitas nos pavilhões os militares foram embora deixando apenas 8 policiais penais fazendo a guarda de cerca de 1500 presos e mais de 150 visitantes.
“O que aconteceu domingo é um verdadeiro absurdo, um descaso com a segurança de todos dentro do presídio. Vieram, liberaram a visitação, botaram as visitas para dentro da unidade e depois foram embora deixando 8 policiais penais tomando de conta de mais de 1500 presos e de mais de 150 visitantes. Uma loucura, falta de responsabilidade”, protestou Eden Azevedo.
Militares usaram as redes sociais para divulgar a ação na manhã de domingo no presidio estadual FOC.