A Polícia Civil do Acre cumpriu ordens judiciais com a prisão preventiva de seis pessoas entre agentes públicos e empresários. Além disso, houve a execução de 20 mandados de busca e apreensão. A polícia também conseguiu bloquear R$ 330 mil em contas bancárias dos investigados, para tentar ressarcir os cofres públicos.
Dois servidores e quatro empresários foram presos preventivamente durante a operação. “Duas pessoas foram presas, dois funcionários públicos. Eles tiveram participação direta no que, ao nosso ver, era ilegalidade. Essas duas pessoas são do setor de compras e contratos da secretaria. Outras quatro pessoas participaram do certame de alguma maneira”, explicou o delegado Pedro Rezende.
Segundo o delegado, a partir de agora a Delegacia de Combate à Corrupção tem 10 dias para encerrar o inquérito policial da investigação. “Todas as pessoas que de alguma maneira tiveram participação neste contrato estão sendo chamadas a prestar esclarecimentos nessa secretaria. São quatro empresas de Rio Branco, e três de Cruzeiro do Sul”, completou o delegado.
Rezende não quis comentar se o secretário Mauro Sérgio da Cruz teve participação ou não no esquema. Contudo, pelo Diário Oficial, foi possível apurar que o contrato foi assinado pelo então secretário adjunto de Educação, Esporte e Cultura, Márcio Mourão. Mauro Sérgio, contudo, já foi intimado e ouvido pela polícia.
A operação Pratos Limpos, que teve a primeira fase deflagrada nesta sexta-feira, dia 12, apura a compra de mais de 40 mil cestas básicas pela Secretaria de Educação, Esporte e Cultura do Acre (SEE), ainda em 2020, para distribuição gratuita aos alunos da rede estadual de ensino. A investigação já está acontecendo há 10 meses, ou seja, desde maio do ano passado.