O Sindicato dos Policiais Penais do Acre (SINDPOL-AC) enviou uma carta formal ao governador Gladson de Lima Cameli, alertando sobre as condições alarmantes das Unidades Penais do Estado. O documento, datado desta segunda-feira, 17, detalha problemas críticos como a superlotação carcerária, o baixo efetivo de agentes e a sobrecarga de trabalho, que colocam em risco a eficácia do sistema penal acreano e a segurança dos próprios policiais.
Segundo o sindicato, a combinação desses fatores tem resultado em um cenário altamente preocupante, com riscos constantes de rebeliões, fugas e desordens nas unidades prisionais. A falta de condições adequadas de trabalho e de estrutura coloca os policiais em uma situação de vulnerabilidade, com a vida dos servidores sendo colocada em risco diariamente. “O Sistema Penal do Acre se tornou um verdadeiro barril de pólvora, em que a qualquer momento a situação pode se tornar incontrolável”, aponta o SINDPOL-AC na carta.
Além dos problemas estruturais, o sindicato destaca a situação financeira precária dos agentes. A remuneração defasada, aliada à falta de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), tem gerado uma série de perdas para a categoria. O sindicato ressalta ainda que direitos fundamentais dos policiais, como o adicional de titulação e a gratificação de sexta parte, estão congelados. Como consequência, muitos policiais se veem forçados a realizar atividades complementares para garantir a sobrevivência financeira e o bom andamento dos serviços, o que acaba por intensificar os riscos já mencionados.
O sindicato solicita ao governador Gladson Cameli que atenda aos apelos da categoria, considerando a relevância do trabalho dos policiais penais para a segurança pública e o sistema de justiça criminal do Estado. A carta finaliza com um apelo para que o governador tenha um olhar mais atento e equânime para a Polícia Penal do Acre, reconhecendo sua importância para a estabilidade governamental e a ordem pública.