Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 mostram que o índice de registro de pessoas desaparecidas no Acre foi acima da média nacional, em 2022. Enquanto no Brasil a taxa foi de 32, no Acre foi de 46,3.
“O que nos chama atenção ao compararmos as taxas é que em apenas dois estados, Goiás e Minas Gerais, os registros de desaparecimento diminuíram entre 2021 e 2022, com retração de 8,8% e 1,2%, respectivamente. No restante do país, todos os estados viram seus registros aumentarem, com destaque ao Amapá, cujo crescimento foi de 78,4%. No Acre, Roraima e Bahia o crescimento também foi expressivo, com aumento de mais de 50%. A nível nacional, os registros de desaparecimento cresceram em 12,9% quando comparados ao ano anterior”, enfatiza os pesquisadores.
O Distrito Federal tem a maior taxa, com 83,3. A sequência, dois estados da região Norte aparecem com as maiores taxas de desaparecidos: Roraima (79,5) e Rondônia (69,3). O Rio Grande do Sul ocupa o 4º lugar no ranking, com 63,3.
“Isso não significa, entretanto, que somem mais pessoas no DF do que no resto do país. Na primeira edição do Mapa dos Desaparecidos analisamos, brevemente, os casos no Distrito Federal a partir de uma informação constatada na análise dos registros de ocorrência: a Polícia Civil do DF é a única que vincula o registro de desaparecimento ao registro de localização no próprio Boletim de Ocorrência. Em outras palavras, quando uma pessoa é localizada seu registro de desaparecimento é retirado da base e adentra, apenas, nas estatísticas de localização. Dessa forma, a polícia sabe exatamente quem continua desaparecido”, revela o Anuário.
Os estados que menos desaparecem pessoas e os fatos são registrados, são: Paraíba (13,5), Pará (14,4), Piauí (14,7), Bahia (16,3), Maranhão (17,2), Rio Grande do Norte (18,0), Amazonas (19,3) e Alagoas (20,0).
Rio de Janeiro (32,7) e São Paulo (45,9) também ficaram acima da média nacional.