O Tenente-Coronel Nery, comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar do Acre, enfrenta sérias acusações de utilizar um veículo de investigação para fins pessoais. O carro descaracterizado, destinado à inteligência do batalhão, foi supostamente usado por Nery para levar sua namorada a restaurantes, bares e academia por mais de um ano de acordo com imagens enviadas a nossa redação.
Nossa reportagem também teve acesso a áudios de um grupo de WhatsApp de musculação da PM, onde Nery é ouvido ameaçando um policial por ter depositado dinheiro em sua conta corrente ao invés da poupança, como ele havia ordenado. O recurso seria usado para compra de equipamentos da academia do batalhão.
Uma carta enviada à nossa redação relata um ambiente de trabalho tóxico desde a chegada de Nery ao comando do batalhão. A tropa enfrenta um desgaste emocional significativo, com relatos de assédio moral e abuso de poder. Policiais anônimos narram um clima de medo e intimidação, com o sargento Júlio Cesar, agindo como subcomandante, contribuindo para a desestruturação da cadeia de comando.
Principais denúncias:
1. Assédio Moral e Controle Exagerado:
- Policiais são submetidos a um ambiente de trabalho opressor, com controle extremo sobre suas atividades diárias. Um exemplo citado é a restrição de tempo no banheiro para policiais do COPOM, resultando em casos de depressão.
2. Desrespeito e Ameaças:
- Áudios revelam o tom ameaçador de Nery, impondo punições e controle excessivo. Policiais femininas são particularmente visadas, com relatos de constrangimento e problemas emocionais graves.
3. Uso Indevido de Recursos Públicos:
- O carro do serviço de inteligência do batalhão foi usado para atividades pessoais do comandante, como levar sua namorada a eventos sociais e realizar compras.
4. Coerção Financeira:
- Policiais foram coagidos a contribuir financeiramente para a compra de equipamentos para a academia do batalhão, sem prestação de contas dos valores arrecadados, que foram depositados na conta pessoal de Nery.