O tenente Custódio Apolônio Santos Junior, da Companhia Especial de Fronteira do Exército Brasileiro em Epitaciolândia, foi detido na madrugada deste domingo (1º) por desacato, perturbação da ordem pública e tráfico de influência na praça Hugo Poli, em Brasileia, no interior do Acre, após protagonizar um verdadeiro show de baderna e uma sequência de tentativa de intimidação aos policiais militares que atenderam a ocorrência.
Conforme registra o boletim de ocorrência do 5º Batalhão da PM, os policiais foram comunicados da barulheira e bagunça na praça pelo delegado Ricardo Castro Soares, que, incomodado, abordou os grupos de pessoas que estavam bebendo e ouvindo som alto no local, porém ao pedir que o tenente do Exército desligasse a caixa de som foi contrariado.
A discussão continuou com os PM's. O oficial afirmou que não atenderia a ordens de cabos e sargentos, pois era um oficial do Exército "tenente e comandante da Companhia Especial de Fronteira e seu pai era coronel".
O boletim de ocorrência informa que o tenente dava gargalhadas dos cabos Jardel e Darlan e dizia com ar de deboche e ironia: "Não estudaram porque não quiseram".
A todo momento, Custódio Apolônio, embriagado, repetia que era oficial e filho de coronel e qualquer ação da PM contra ele resultaria em retaliação.
O oficial reagiu à voz de prisão dos PMs. Houve tumulto. Bruno Souza, outro envolvido, tentou impedir que o tenente fosse preso pela polícia e também foi detido.
Os dois foram conduzidos à delegacia e depois à Companhia de Fronteira a pedido de um tenente, também do Exército Brasileiro, que compareceu ao local da ocorrência.