O tenente da Polícia Militar do Acre (PM/AC), Josemar Barbosa de Farias, preso desde dezembro de 2018 por suposta ligação com o crime organizado, continua retido na sede do Batalhão Ambiental, em Rio Branco, mesmo após ordem de soltura expedida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, na última sexta-feira, dia 25.
Segundo apurou o Notícias da Horas, a justiça acreana emitiu um alvará de soltura para que Farias pudesse voltar para casa, mas como ele responde a outro processo na esfera militar, o que ainda não lhe garantiu soltura. Contudo, um acordo entre Defesa e Juízo acertou que Farias continuaria aguardando nova decisão na sede do batalhão.
O advogado do policial, Mário Paiva, confirmou a situação. “Ele continua lá, mas acreditamos que na terça-feira já haverá uma nova sentença sobre isso, pelo menos foi o que conversamos com o juiz. Dessa forma, esperamos que haja uma decisão favorável ao Tenente e ele possa voltar para casa com tranquilidade”, comentou.
Além de Farias, outras 40 pessoas também respondem ao mesmo processo justiça. O militar foi denunciado pelos crimes de promoção de organização criminosa, peculato, corrupção passiva e prevaricação. O caso envolvendo o policial, que é o único agente público réu no processo, caiu como “bomba” na corporação. Josemar Farias foi preso pela Polícia Civil do Acre.
O Ministério Público do Acre (MP/AC) aponta Josemar Farias como uma espécie de protetor de grupos criminosos, e teria atuado, sequencialmente, de forma a facilitar a atuação de uma facção originada no estado do Rio de Janeiro, com atuação em território acreano.
Além de dar proteção aos membros da organização, Farias teria diligenciado viaturas e policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM/AC para prender membros de facções rivais que tentavam invadir e dominar os territórios já ocupados pela facção carioca.