..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Um ano após rebelião, reforma de presídio no Acre ainda não foi concluída

Um ano após rebelião, reforma de presídio no Acre ainda não foi concluída

Policiais Penais Expressam Preocupação com Segurança e Decisões Unilaterais da Administração

Em breve, completará um ano desde a rebelião no Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN-AC), ocorrida em 2023. Contudo, as reformas nos prédios da unidade penitenciária ainda não foram concluídas, situação que tem gerado preocupações e insatisfações entre os policiais penais. Estes profissionais, responsáveis pela segurança do presídio, temem estar à mercê de um novo evento similar.

Apesar da falta de efetivo e da não conclusão das reformas, a administração do IAPEN-AC autorizou a retomada das visitas nas celas e das visitas íntimas. Essa decisão foi tomada após acordos realizados exclusivamente com os familiares dos presos, sem a presença de nenhum representante da categoria dos policiais penais. Os acordos, implementados de maneira impositiva e sem a devida consulta, levantaram críticas severas da categoria.

Eden Alves Azevedo, presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sindapen), destacou que a visita íntima é uma regalia dada aos reeducandos e que não possui previsão legal. "Esta situação evidencia uma inversão de valores e uma falta de respeito pela administração do IAPEN/AC", afirmou Azevedo. Ele criticou a tomada de decisões significativas que afetam diretamente a rotina e a segurança do presídio sem a participação ativa dos policiais penais.

Segundo Azevedo, a prática de impor decisões sem um diálogo adequado compromete a gestão do IAPEN-AC e a sua capacidade de manter um ambiente seguro e organizado. "Somos conhecedores do poder diretivo da gestão, porém, também sabemos que o baixo efetivo e a falta de segurança permitem que possamos deixar de cumprir as ordens que colocam nossas vidas em risco, paralisando toda a rotina penitenciária", advertiu.

O Sindapen solicita que a administração do IAPEN-AC revise o processo de retomada das visitas e garanta que todas as decisões sejam discutidas e acordadas com a categoria dos policiais penais. Azevedo enfatiza que, caso a decisão não seja suspensa, a responsabilidade por quaisquer eventos decorrentes dessa medida deverá ser atribuída à gestão do presídio.

Uma nota foi emitida pelo sindicato para chamar atenção das autoridades locais

Veja nota

NOTA SINDAPEN

Em breve, completará um ano desde a rebelião no Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN-AC), ocorrida em 2023. No entanto, até o presente momento, as reformas nos prédios da unidade penitenciária ainda não foram totalmente concluídas. Essa demora tem gerado preocupações e insatisfações entre os Policiais Penais que estão à mercê de um novo evento.

Desconsiderando a ausência de efetivo e não conclusão da reforma, foi autorizada a retomada das visitas nas celas e das visitas íntimas, medida tomada após acordos realizados exclusivamente com os familiares dos presos, sem a presença de nenhum representante da categoria. Tais acordos, feitos sem a devida consulta ou discussão prévia, têm sido implementados de maneira impositiva.

VALE RESSALTAR QUE VISITA ÍNTIMA É REGALIA DADA AOS REEDUCANDOS. PORTANTO, NÃO TEM PREVISÃO LEGAL.

Esta situação evidencia uma inversão de valores e uma falta de respeito pela administração do IAPEN/AC. Decisões tão significativas e que afetam diretamente a rotina e a segurança do presídio não deveriam ser tomadas sem a participação ativa da categoria, vez que hodiernamente carregam as rotinas penitenciárias sem a mínima segurança. A prática de "empurrar decisões goela abaixo" sem diálogo adequado compromete a gestão do IAPEN-AC e a sua capacidade de manter um ambiente seguro e organizado.

Portanto, é fundamental que haja uma revisão desse processo, garantindo que todas as decisões sejam discutidas e acordadas com a categoria. Somos conhecedores do poder diretivo da gestão, porém, também temos conhecimento que o baixo efetivo e a falta de segurança permitem que possamos deixar de cumprir as ordens que colocam nossas vidas em risco, paralisando toda a rotina penitenciaria.
Assim, solicitamos a gestão que suspenda referida decisão ou se responsabilize por todos os eventos que ocorram em razão da mesma, pois estaremos prontos para buscar a responsabilização dos gestores.

Eden Alves Azevedo

PRESIDENTE DO SINDICATO DOS POLICIAIS PENAIS