Policiais Penais Expressam Preocupação com Segurança e Decisões Unilaterais da Administração
Em breve, completará um ano desde a rebelião no Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN-AC), ocorrida em 2023. Contudo, as reformas nos prédios da unidade penitenciária ainda não foram concluídas, situação que tem gerado preocupações e insatisfações entre os policiais penais. Estes profissionais, responsáveis pela segurança do presídio, temem estar à mercê de um novo evento similar.
Apesar da falta de efetivo e da não conclusão das reformas, a administração do IAPEN-AC autorizou a retomada das visitas nas celas e das visitas íntimas. Essa decisão foi tomada após acordos realizados exclusivamente com os familiares dos presos, sem a presença de nenhum representante da categoria dos policiais penais. Os acordos, implementados de maneira impositiva e sem a devida consulta, levantaram críticas severas da categoria.
Eden Alves Azevedo, presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sindapen), destacou que a visita íntima é uma regalia dada aos reeducandos e que não possui previsão legal. "Esta situação evidencia uma inversão de valores e uma falta de respeito pela administração do IAPEN/AC", afirmou Azevedo. Ele criticou a tomada de decisões significativas que afetam diretamente a rotina e a segurança do presídio sem a participação ativa dos policiais penais.
Segundo Azevedo, a prática de impor decisões sem um diálogo adequado compromete a gestão do IAPEN-AC e a sua capacidade de manter um ambiente seguro e organizado. "Somos conhecedores do poder diretivo da gestão, porém, também sabemos que o baixo efetivo e a falta de segurança permitem que possamos deixar de cumprir as ordens que colocam nossas vidas em risco, paralisando toda a rotina penitenciária", advertiu.
O Sindapen solicita que a administração do IAPEN-AC revise o processo de retomada das visitas e garanta que todas as decisões sejam discutidas e acordadas com a categoria dos policiais penais. Azevedo enfatiza que, caso a decisão não seja suspensa, a responsabilidade por quaisquer eventos decorrentes dessa medida deverá ser atribuída à gestão do presídio.
Uma nota foi emitida pelo sindicato para chamar atenção das autoridades locais
Veja nota
NOTA SINDAPEN
Em breve, completará um ano desde a rebelião no Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN-AC), ocorrida em 2023. No entanto, até o presente momento, as reformas nos prédios da unidade penitenciária ainda não foram totalmente concluídas. Essa demora tem gerado preocupações e insatisfações entre os Policiais Penais que estão à mercê de um novo evento.
Desconsiderando a ausência de efetivo e não conclusão da reforma, foi autorizada a retomada das visitas nas celas e das visitas íntimas, medida tomada após acordos realizados exclusivamente com os familiares dos presos, sem a presença de nenhum representante da categoria. Tais acordos, feitos sem a devida consulta ou discussão prévia, têm sido implementados de maneira impositiva.
VALE RESSALTAR QUE VISITA ÍNTIMA É REGALIA DADA AOS REEDUCANDOS. PORTANTO, NÃO TEM PREVISÃO LEGAL.
Esta situação evidencia uma inversão de valores e uma falta de respeito pela administração do IAPEN/AC. Decisões tão significativas e que afetam diretamente a rotina e a segurança do presídio não deveriam ser tomadas sem a participação ativa da categoria, vez que hodiernamente carregam as rotinas penitenciárias sem a mínima segurança. A prática de "empurrar decisões goela abaixo" sem diálogo adequado compromete a gestão do IAPEN-AC e a sua capacidade de manter um ambiente seguro e organizado.
Portanto, é fundamental que haja uma revisão desse processo, garantindo que todas as decisões sejam discutidas e acordadas com a categoria. Somos conhecedores do poder diretivo da gestão, porém, também temos conhecimento que o baixo efetivo e a falta de segurança permitem que possamos deixar de cumprir as ordens que colocam nossas vidas em risco, paralisando toda a rotina penitenciaria.
Assim, solicitamos a gestão que suspenda referida decisão ou se responsabilize por todos os eventos que ocorram em razão da mesma, pois estaremos prontos para buscar a responsabilização dos gestores.
Eden Alves Azevedo
PRESIDENTE DO SINDICATO DOS POLICIAIS PENAIS