Um caso que chama a atenção pela gravidade e pelos indícios de erro judicial envolve o nome de Willamis França, que teve seu nome ligado a um processo criminal por tráfico de drogas que tramita desde 2001 na Comarca de Porto Velho (RO). Segundo ele, a acusação é totalmente infundada e jamais foi de seu conhecimento ao longo dos últimos 24 anos.
De acordo com os autos, Willamis teria contribuído com o tráfico interestadual de drogas, conforme o artigo 12, §2º, inciso III da antiga Lei 6.368/76, sendo identificado como um suposto taxista que transportava pessoas envolvidas com o crime. No entanto, Willamis afirma que nunca exerceu essa profissão e contesta veementemente as informações contidas no processo.
“Eu nunca fui taxista, nunca tive carro para esse tipo de atividade e jamais tive o apelido de ‘Marcelo Caverinha’, como consta nos autos. Isso não faz parte da minha história, quem me conhece sabe”, declarou.
Willamis também revela que nunca foi intimado, citado ou sequer abordado por qualquer autoridade judicial ao longo das mais de duas décadas desde o início do processo. Ele acredita na possibilidade de que sua identidade tenha sido usada de forma indevida. “É possível que alguém tenha se passado por mim. Viajei por vários estados e nunca tive qualquer impedimento. Esse processo surgiu do nada”, relatou.
Entre os indícios de irregularidades apontados por Willamis e seus advogados estão a assinatura nos autos, que não corresponde à sua caligrafia, a ausência de documentos oficiais como RG ou CNH que comprovem sua identidade, e até mesmo a grafia errada de seu nome no processo — que aparece como “Willame”, em vez de “Willamis”.
“É inconcebível alguém escrever o próprio nome errado em um depoimento oficial. Esse erro, somado a tantos outros, mostra que há algo muito errado nesse processo. Estou tranquilo porque confio na verdade e na Justiça”, afirmou.
A equipe jurídica de Willamis já está tomando as providências cabíveis para esclarecer o caso e solicitar a anulação do processo, com base nos vícios formais e na ausência de provas concretas de sua participação nos fatos investigados.