Durante sua participação no Papo Informal desta quinta-feira (24), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a falar sobre as caronas feitas pelo governo em atas de outros estados, como a recentemente denunciada na tribuna da Assembleia Legislativa que previa contrato de R$ 24,8 milhões com uma empresa do Maranhão para a reforma de escolas no interior do Acre. Ele pontuou que as caronas não pode ser regra na administração pública.
“Eu tenho muitas divergências com o senador Marcio Bittar do ponto de vista ideológico e tal, mas tem uma coisa que ele repete e que ele tem muita razão: às vezes os recursos estão disponíveis para o estado e a execução é lenta e às vezes ela nem existe. A incapacidade de construir processos, de fazer licitações adequadas, de contratar e de tocar a obra. Por isso é mais fácil a carona. A carona é um instrumento da preguiça, da incompetência, da incapacidade, de não ter um núcleo técnico que fique ali brigando com os processos, respondendo aos questionamentos e levando até o fim um processo e contratando a obra e a empresa. O caminho do atalho sempre tem problemas”, frisou.
Na próxima semana, os deputados devem analisar um projeto de decreto legislativo apresentado pelo deputado Eduardo Ribeiro (PSD) para sustar os efeitos da carona junto a uma ata do governo do Maranhão. O texto ia ser votado ontem (23), mas a sessão foi esvaziada após articuladores do governo ligarem para deputados, evitando o quórum máximo para aprovação. O projeto de decreto legislativo feito por Ribeiro foi uma sugestão de Magalhães, com apoio até mesmo da líder do governo, deputada Michelle Melo (PDT), que deixou claro que o governador Gladson Cameli (PP) não quer reiteradas caronas na gestão, mas sim que se abram licitação.