..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

“A gente fica com um gosto de impunidade contido na garganta”, diz Rocha sobre Lula e decisão de Fachin

“A gente fica com um gosto de impunidade contido na garganta”, diz Rocha sobre Lula e decisão de Fachin

Vice-governador disse que decisão leva o País à polarização com lulistas e bolsonaristas em 2022 e anula novas forças políticas

O vice-governador Major Rocha (PSL) comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, tomada ontem (8), que anulou todas as decisões da Lava Jato em ações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, proferidas pela Justiça Federal no Paraná. Rocha disse que a decisão de Fachin gera insegurança jurídica e política.

“A decisão do ministro Edson Fachin (ministro indicado por Dilma, por sinal) de anular as condenações do ex-presidente Lula dá nova interpretação aos processos da Operação Lava-jato e novas nuances políticas ao país. As anulações seguem a interpretação de que Curitiba não poderia ser a sede para o julgamento do ex-presidente, é claro que isso implicará no julgamento de outras figuras que caíram nas investigações da operação e que foram condenados na capital paranaense”.

E acrescenta: “o que causa estranheza é que essa questão foi diversas vezes debatidas nas várias instâncias e no STF com reiteradas respostas positivas. A Lei segue a interpretação, mas a interpretação é volúvel. Com isso, a gente fica com um gosto de impunidade contigo na garganta, apesar de o ex-presidente ter que passar novamente por um julgamento”, escreveu Rocha.

Ainda em sua análise, o vice-governador lembra que até então, Bolsonaro não tinha um candidato “à altura” para concorrer em 2022, mas a possibilidade da candidatura de Lula, coloca o Brasil novamente numa polaridade e divide o País entre lulistas e bolsonaristas.

“Com a decisão de Fachin, a polarização política quase desbotada, volta a ganhar cores fortes e a tendência é sairmos de uma fragmentação política para o encontro e confronto entre extremos. O cenário será de um país divido em duas alas novamente”, pontua a liderança do PSL no Acre.