O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu um forte programa de investimento público para alavancar o setor da indústria no Acre. Em discurso nesta quarta-feira (24), o parlamentar afirmou que é preciso construir um pacto apartidário para o bem da economia acreana.
“A indústria acreana não sobrevive sem um forte programa de investimento público. E, esse pacto não pode ser ideológico, esse pacto não pode ser político, político-partidário, esse pacto tem que ser o pacto a favor da economia do estado do Acre”, disse Edvaldo Magalhães.
Segundo o deputado, que já foi secretário de Estado de Indústria e Comércio, o que falta na gestão Gladson Cameli (PP) é equipe compromissada com o desenvolvimento do Estado. Para ele, o problema não são os recursos, mas a baixa capacidade de execução dos projetos e programas.
“O Estado, hoje, precisa fazer um mutirão para fazer compra governamental e um mutirão para fazer execução orçamentária. Hoje, nós temos recursos paralisados que poderiam estar se transformando em uma grande carteira de realização de obras e não ocorre por falta de um esforço técnico para construir termos de referências e abrir licitação. Não é falta de dinheiro, não”, completou.
E acrescentou: “todo santo dia tem um preguiçoso atrás de um computador, que o chefe dele diz assim: ‘tem que fazer isso aqui senão o dinheiro vai voltar’. Ao invés dele construir um termo de referência adequado para fazer um credenciamento e comprar da indústria local, ele vai para o cola e cópia de um fornecedor amigo e bota ali como termo de referência e vai para CPL. A indústria que mais cresceu ultimamente, no estado do Acre, foi a indústria do registro de preço e das caronas. Por que é mais fácil fazer assim. E destruiu as possibilidades de concorrência da indústria da construção civil”.
Edvaldo Magalhães finalizou dizendo que há dezenas de milhões do Banco Mundial, destinados para ações em saneamento básico, estão parados por falta de atualização das planilhas de custos. “As construtoras que estavam trabalhando simplesmente pararam as obras porque simplesmente não fizeram (Governo) a atualização da planilha. Nós estamos falando de dezenas de milhões parados”.