O governador Gladson Cameli afirmou na manhã desta sexta-feira (27) em entrevista na Rádio Juruá FM em Cruzeiro do Sul que sabe que o papel de um oposicionista é cobrar e reivindicar, porém disse não entender o posicionamento de alguns daqueles que se declaram aliados de seu governo mas que se comportam como se fossem oposição.
"Quem tem uns aliados como eu tenho é melhor ter adversários mesmo. A oposição está fazendo obrigação dela. Está fazendo o que tem que ser feito de cobrar, de reivindicar. O que eu não vou estar fazendo é dando tapinha para agradar uma meia dúzia e ir contra a vontade do povo. A pior coisa que tem é quando as pessoas ficam insistindo por questões de interesse próprio. Eu não fui eleito pra isso. Eu fui ele pra resolver o coletivo."
Cameli anunciou que até o fim do ano vai convocar 373 novos professores efetivos que se juntarão aos 200 empossados na última quarta-feira.
Gladson afirmou que vai enviar a Assembleia Legislativa um projeto de lei que consiste na renegociação das dívidas do Estado. A ideia é vender toda a dívida para um só banco e com isso economizar cerca de R$ 200 milhões, recursos que serão destinados à infraestrutura.
"Estou vendendo toda a dívida do Estado nos próximos dias para um único banco e a economia para o cofres públicos será algo em torno de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões por ano."
Cameli também falou sobre o projeto de lei que cria o Instituto de Saúde. A proposta será encaminhada na próxima semana ao Legislativo. O governador vê no Instituto uma possibilidade de melhorar a Saúde e resolver de uma vez por todas a situação de irregularidade junto à Justiça dos servidores do Pró Saúde do Acre. A ideia do governo é migrá-los para o Instituto.
No final da entrevista, ao falar sobre o aniversário da cidade de Cruzeiro do Sul, comemorado em 28 de setembro, neste sábado, o governador se emocionou quando lembrou de seu tio, o ex-governador Orlei Cameli.