Em negociação paralela à reforma ministerial desenhada para acomodar PP e Republicanos no governo, os partidos do Centrão deverão apresentar nomes de mulheres para ocupar outros cargos relevantes do Executivo, como a Caixa Econômica Federal e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa). A preferência por indicações de nomes do sexo feminino atende a um pedido do próprio Palácio do Planalto, num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido pressionado por aliados a não reduzir o número de brasileiras em cadeiras de destaque na máquina pública.
Com as tratativas em curso, o bloco tenta emplacar na presidência do banco estatal a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), que é próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ela substituiria outra mulher, Rita Serrano, ligada ao PT. Atual diretora de administração e finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Margarete já atuou como advogada de Lira e também foi vice-governadora do Piauí na gestão de Wellington Dias (PT), hoje ministro do Desenvolvimento Social. Na conjuntura atual, porém, o PP local é adversário de Dias no estado, com a liderança do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Jair Bolsonaro.