Há quase duas semanas acampadas na entrada da Assembleia Legislativa do dia Acre (Aleac), dezenas de famílias, expulsas da localidade Terra Prometida, têm causado um verdadeiro alvoroço e tirado a paz do governador Gladson Cameli.
Reuniões já foram realizadas, conversas feitas e até o momento nenhuma solução que agrade os ocupantes foi apresentada, pelo menos é o que eles alegam. Até mesmo parlamentares já tentaram intermediar uma solução, sem sucesso e tudo continua da mesma forma.
O imbróglio tem levado à quem presencia toda essa situação a fazer pelo menos dois questionamentos: "A quem interessa dezenas de famílias acampadas na entrada da Aleac?" e "Quem não deixa essa famílias aceitarem aluguel social ou outra proposta apresentada pelos negociadores?"
A área da ocupação Marielle Franco foi doada pelo governo e lá foram oferecidos 25 lotes para as famílias acampadas na Aleac. Quem receberia o lote aceitou prontamente, mas foram impedidas por uma "comissão", essa mesma que já se reuniu em pelo menos quatro ocasiões com deputados e representantes do governo.
O governador chegou a se oferecer como fiador do aluguel social para quem não seria contemplado, de imediato, com os lotes no Marielle Franco, que já está com projeto habitacional protocolado na prefeitura de Rio Branco, mas essa oferta também não foi aceita.
Esta semana o NH divulgou que pelo menos duas pessoas estão entre os acampados, mas não precisa de lote de terra. Um é assentado do Incra e servidor público municipal no Bujari e uma senhora aparece em um vídeo-selfie comemorando a quitação de um terreno que comprou junto a uma imobiliária local, e ainda seria beneficiária de programas sociais do governo federal.
Durante o Desfile Cívico e Militar de 7 de Setembro, em duas ocasiões, o governador Gladson Cameli foi alvo das manifestações dos acampados. Na segunda ocasião os manifestantes estavam acompanhados de vários outras pessoas, a maioria delas ligadas a partidos políticos de esquerda e de entidades, que em um passado recente, eram apoiadoras dos governos estadual e federal, levantando a suspeita de que o movimento na entrada da Aleac tenha uma conotação mais política do que mesmo social.
Fonte do NH ligada à Segurança Pública acreana afirma que pelo menos duas pessoas ligadas à grupos criminosos estariam coagindo os acampados e os proibindo a aceitar qualquer proposta do Executivo estadual.
"Realmente existem ali pessoas que precisam de casa, que estão ali por moradia, mas existem aqueles poucas que estão ali só para tumultuar e se beneficiar financeira e politicamente. Pelo menos dois já foram identificados e já estão sendo investigados", disse a fonte.
Procurada pela repostagem, a articulação política do governo disse que "o acordo do governo do Estado com as famílias da ocupação Marielle Franco terá resultados que ficarão na história.E as famílias da invasão do Irineu Serra, acampadas na Aleac, poderão ser beneficiadoras por este acordo, desde que as pessoas inescrupulosas que estão usando o sofrimento de famílias não impeçam", disse o secretário adjunto Luiz Calixto
O caos habitacional está instalado, e a quem ele interessa? Responda quem puder, ou souber.