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POLÍTICA

“A situação é gravíssima”, diz Edvaldo Magalhães ao defender uma ação conjunta liderada pela Sesacre

“A situação é gravíssima”, diz Edvaldo Magalhães ao defender uma ação conjunta liderada pela Sesacre

“Este momento, é o momento em que não se pode ficar discutindo se o mosquito é municipal, estadual ou federal. Se isso não for feito, nós teremos que chorar os mortos. Um apelo que eu faço ao secretário de Saúde, ao governador do Estado”

A situação da dengue em Cruzeiro do Sul preocupa. É o que diz o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que após o recesso parlamentar tem visitado os municípios do Vale do Juruá, Envira e do Tarauacá. Ele disse que é necessária uma ação conjunta, liderada pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegepity.

“A situação é gravíssima. São já milhares de pessoas infectadas, doentes. E as famílias entram em desespero porque as vezes são infectadas duas ou três pessoas da mesma família, estão doentes e os casos graves são encaminhados ao Hospital do Juruá, por exemplo. Uns tiveram como desdobramento fatal a morte. Então, relatos desesperadores. Este momento, é o momento em que não se pode ficar discutindo se o mosquito é municipal, estadual ou federal. Há necessidade de uma ação conjunta, e só quem pode liderar uma ação conjunta intermunicipal é a Secretaria Estadual de Saúde. Precisa imediatamente liderar essa ação”, disse o parlamentar.

Ainda de acordo com Edvaldo Magalhães “é preciso que o governo do Estado aloque recursos, disponibilize emergencialmente, inclusive equipes, faça um plano de ação emergencial. Chame o Ministério da Saúde para que se possa fazer uma ação integrada, constante e intensa no combate ao mosquito”, salienta.

Com as chuvas intensas do inverno amazônico, Edvaldo Magalhães teme que os casos se agravem ainda mais em janeiro. Ele defendeu um mutirão, caso contrário mais pessoas podem vir a óbito em virtude da doença.

“Nós estamos entrando na fase mais aguda, onde essa epidemia vai se agravar. As chuvas de janeiro serão um fator de maior propagação ainda, por isso é necessário que se anuncie um grande mutirão de combate à dengue no Juruá. Se isso não for feito, nós teremos que chorar os mortos. Um apelo que eu faço ao secretário de Saúde, ao governador do Estado é de que inicie imediatamente um grande mutirão”, destaca.

Ao final da entrevista, o parlamentar estadual destaca que é necessária trazer essa preocupação a público, porque vidas estão em jogo. Ele citou que não apenas o município de Cruzeiro do Sul, um dos mais afetados, tem casos preocupantes de dengue, mas a doença já preocupa os municípios do Vale do Envira e do Tarauacá.

“Não podemos ver o que estar ocorrendo e fazer de conta que não está ocorrendo. Está abafado a grande epidemia de dengue que nós temos hoje no Juruá, no Vale do Tarauacá e do Envira. Está abafado. Isso precisa vir para o debate público”, reforça.