Há 32 anos, o Acre perdia o governador Edmundo Pinto, assassinado durante um assalto no Hotel Della Volpe, em São Paulo (SP). Ele estava hospedado no apartamento 704 quando três criminosos invadiram o local e anunciaram o roubo. Na perícia feita pela Polícia Civil de São Paulo, havia indícios de que Edmundo lutou contra a morte. Haviam sinais de uma luta corporal.
FOTOS: ARQUIVO DE FAMÍLIA
Edmundo Pinto de Almeida Neto era casado com Fátima Almeida e deixou três filhos, um deles, Rodrigo Pinto, que foi vereador de Rio Branco, inclusive.
O jovem Edmundo era advogado, formado na Universidade Federal do Acre (Ufac). Depois de disputar quatro vezes uma vaga na Câmara de Vereadores de Rio Branco, obteve o mandato e dois anos após, no cargo, foi eleito deputado estadual. No ano de término do seu mandato de deputado estadual, Edmundo disputou o governo do Estado, e mesmo aparecendo nas pesquisas entre os últimos colocados na eleição, chegou ao segundo turno e ganhou do petista Jorge Viana.
A morte do governador até hoje deixa um sentimento de injustiça e falta de mais compromisso das polícias Civil de São Paulo e Federal, que nunca procuraram chegar mais afundo nas contradições apresentadas no inquérito. A família do ex-governador e o povo acreano até hoje não aceita a tese de latrocínio. Acredita-se que a morte se tratou de um crime de pistolagem, uma vez que Edmundo Pinto iria depor em uma CPI na Câmara dos Deputados, em Brasília.