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POLÍTICA

Acre é o menos transparente em informações da Covid-19

Acre é o menos transparente em informações da Covid-19

Em uma nota de 0 a 100, o Estado do Acre tem apenas 38 pontos no índice de transparência de informações do novo coronavírus - na apuração desta semana - no ranking nacional do Índice de Transparência da Covid-19, uma iniciativa da Open Knowledge Brasil (OKBR) que avalia a qualidade dos dados e informações que têm sido publicados pela União e pelos estados brasileiros em seus portais oficiais.

Já o vizinho estado de Rondônia alcançou 90 pontos e se tornou o segundo que mais avançou na transparência dos dados no Brasil desta semana epidemiológica, ficando atrás somente de Pernambuco.

Enquanto o vizinho Estado de Rondônia ocupa a 4ª posição do ranking nacional, disponibilizando até um site (http://covid19.sesau.ro.gov.br/) somente para dados da Covid-19 com mapa detalhado e interativo de todos os seus municípios, o Acre divulga apenas um boletim diário, que fica perdido em meio há várias publicações da agência de notícias estatal.

Já a prefeitura de Porto de Velho divulga um mapa diário de casos da Covid-19 por bairro, desta forma, o cidadão pode tomar a melhor decisão no momento de escolher se irá a um supermercado de um bairro com alto índice e acabar cruzando uma pessoa assintomática para a doença.

“No atual ranking, dois indicadores importantes dados para abordar a subnotificação dos casos de covid-19 que têm sido negligenciados pelos estados brasileiros: a quantidade de testes disponíveis e a notificação de casos de outras doenças respiratórias, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e gripes. Apenas 4 estados (ES, GO, PE e PR) estão divulgando a quantidade de testes disponíveis em suas páginas e boletins oficiais, enquanto 43% ainda não divulgam informação sobre essas outras doenças”, segundo o OKBR.
Além das informações sobre as doenças, há o consenso entre os especialistas e recomendação da Organização Mundial da Saúde sobre a necessidade de se testar a população o máximo possível. Na ausência de testes suficientes, porém, é preciso priorizar grupos sintomáticos e com maior risco de desenvolver quadros mais graves. “Saber a quantidade de testes disponíveis por estados e, se possível, por municípios, é fundamental para interpretar corretamente o número de casos confirmados em cada região e acompanhar essa política”, explica Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil (OKBR).