O governador Gladson Cameli (Progressistas) espera receber nos próximos dias parte dos R$ 430 milhões, fruto de um acordo entre o Ministério Público e o governo federal no âmbito da Operação Lava Jato. O dinheiro apreendido faz parte do fundo da Lava Jato, e são provenientes da Petrobras. Pelo rateio entre os nove estados da Amazônia Legal, o Acre receberá R$ 23,8 milhões de um total de R$ 215 milhões.
Os outros 215 milhões serão repartidos atendendo a critérios que indicam maior incidência de queimadas, desmatamento, contingente populacional e o PIB, o que pode elevar substancialmente o recebimento desse valor pelo governo acreano, chegando a casa dos R$ 40 milhões.
Ainda pelo acordo, seria liberado do Fundo Petrobras, referente à Lava Jato R$ 1,06 bilhão. Desse dinheiro R$ 430 milhões ficam com os estados, como já citado, e R$ 630 milhões com a União. Todos os recursos devem ser destinados a ações voltadas para o meio ambiente.
Na última quarta-feira (20), os governadores da Amazônia Legal se reuniram com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O encontro com Moraes tem um objetivo: evitar que o dinheiro passe, primeiro, pelos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente para depois ser destinado aos estados. A ideia é que o recurso caia na conta dos estados de imediato, sem intermediários.
Alexandre de Moraes homologou o acordo de liberação de parte dos recursos apreendidos na Lava Jato para projetos de conservação da Amazônia e combate ao desmatamento. O acordo foi celebrado em setembro.