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POLÍTICA

Acre gasta R$ 4,5 milhões mensais com alimentação de presos, que têm à disposição um cardápio com peixe, guisado, fraldinha, peito de frango e bife acebolado

Acre gasta R$ 4,5 milhões mensais com alimentação de presos, que têm à disposição um cardápio com peixe, guisado, fraldinha, peito de frango e bife acebolado

A juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais, anulou nesta semana a pedido do Ministério Público parte do artigo 10 da portaria 513/2019 do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, o Iapen, que proíbe a entrada de alimentos em dias de visita íntima argumentado, entre outras coisas, que "muitos privados de liberdade aguardam ansiosamente pela alimentação trazida por sua visita, já que a alimentação fornecida pela unidade penitenciária não tem variedade".

É provável, entretanto, pela argumentação apresentada, que a juíza não conheça o cardápio que é servido nas unidades prisionais. Daí a razão, inclusive, para ela ter liberado até três salgados e um refrigerante de dois litros com cada visitante. 

A alimentação servida aos presos atualmente é bem melhor que o que a maioria dos acreanos come em casa, mostra uma planilha do Instituto de Administração Penitenciária: carne sem osso (três vezes na semana), carne assada, bife de panela, bife acebolado, guisado de carne, fraldinha assada; frango assado sem pele ou peito de frango frito (duas vezes por semana); peixe (uma vez na semana); com arroz, feijão, farofa e salada diariamente; e linguiça, salsicha e fígado uma vez a cada quinze dias. Há ainda o purê de batata com leite e manteiga e as saladas de legumes e folhas, além das frutas como sobremesas. 

Esse cardápio é servido com um peso mínimo de 800 gramas para cada detento no almoço e na janta em embalagens térmicas. No café da manhã é servido pão francês com manteiga e café com leite.

Alimentar os oito mil presos  que cumprem pena nos presídios do Acre custa caro ao Estado. São gastos por mês R$ 4, 5 milhões, segundo o Iapen. Nos próximos dias ocorre uma nova licitação. O governo fala em reduzir esses gastos para R$ 3 milhões.