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POLÍTICA

Acre já investiu R$ 447,8 milhões em obras públicas sem conclusão, aponta relatório do TCU

Acre já investiu R$ 447,8 milhões em obras públicas sem conclusão, aponta relatório do TCU

O Acre enfrenta um cenário preocupante em relação às obras públicas inacabadas. Segundo dados atualizados do Tribunal de Contas da União (TCU), o Estado já investiu R$ 447,8 milhões em projetos paralisados. De acordo com o levantamento, o Ministério das Cidades foi o órgão que mais repassou recursos. Em janeiro, o TCU havia apontado que o Acre é um dos Estados com maior número de obras públicas paralisadas no Brasil, e o relatório divulgado trouxe novos dados sobre a situação crítica.

O total de obras paralisadas no Acre chega a 136, de um universo de 234 empreendimentos previstos, com investimentos totais que somam R$ 464,7 milhões. Até o momento, o Estado já alocou R$ 188,4 milhões para tentar retomar o andamento dessas obras. Entre as áreas mais afetadas estão saúde, educação básica, infraestrutura, mobilidade urbana, agricultura e educação superior.

O impacto desses investimentos não realizados é profundo, como explica o engenheiro civil Leandro Moreira, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Quando há a ausência de investimento adequado, a população é a mais atingida, pois as obras não são entregues, prejudicando o acesso a serviços essenciais pagos com os impostos”, afirma Moreira. Segundo o especialista, o investimento em infraestrutura é fundamental para gerar desenvolvimento econômico e social.

Em termos gerais, o Brasil enfrenta uma situação alarmante, com mais da metade de suas obras públicas (52%) paralisadas até o final de 2024. O investimento federal nessas obras inacabadas já ultrapassou R$ 9 bilhões, mas o valor necessário para retomar as obras paradas é estimado em R$ 29,4 bilhões. No total, as obras públicas em andamento no país somam R$ 110,5 bilhões, mas até o momento foram aplicados apenas R$ 24,2 bilhões.

O Ministério da Saúde lidera o ranking de recursos destinados a empreendimentos paralisados, com 4.580 obras nessa situação, seguido pelo Ministério da Educação (4.434 obras) e pelo Ministério das Cidades (1.269). Outros órgãos, como o Ministério do Turismo (381), o Ministério do Esporte (331) e a Funasa (249), também registram um alto número de obras interrompidas.

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