A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro, Damares Alves, que cumpre agenda no Acre nesta sexta-feira, 29, desembarcou no estado sem ser recepcionada por secretários de pastas congêneres ao de seu ministério.
Por conta da reforma administrativa executada pelo governo Gladson Cameli (PP), o Acre perdeu as secretaria de Direitos Humanos e a de Mulheres, que existiam até o dia 31 de dezembro último.
A extinção ocorreu como parte das medidas adotadas pelo novo governo para reduzir as despesas públicas, e por os atuais inquilinos do Palácio Rio Branco verem as duas pastas como heranças ideológicas dos governos petistas.
Com o fim das secretarias, o Acre não conta mais com o desenvolvimento de políticas públicas exclusivas para estes dois segmentos. Um dos mais graves é a ausência de políticas para as mulheres, ante o aumento dos casos de violência a que elas são submetidas.
Conforme o Notícias da Hora mostrou, entre 2015 e 2019, 75 mulheres foram assassinadas no Acre. A questão de direitos humanos é outro problema recorrente no Acre, sobretudo quando se trata de abuso de autoridade por parte das forças policiais.