Presidido pelo presidente Lula e com coordenação do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, colegiado é canal de diálogo permanente entre o Governo e os mais diversos setores da sociedade
O Governo Federal instalou na quinta-feira (4/5), o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), espaço destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade.
O Acre tem dois representantes no chamado ‘Conselhão’, que reúne um total de 246 integrantes. Um deles é o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS), Júlio Barbosa de Aquino, que nasceu em Seringal Cachoeira (AC). Sindicalista, seringueiro e militante de causas ambientais, ele já teve dois mandatos como prefeito de Xapuri (AC).
Outro nome do Acre que integrará o Conselhão é o superintendente da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre, Manoel Monteiro de Oliveira, que foi seringueiro dos 12 aos 22 anos e traçou sua história na entidade.
Lançado no primeiro mandato do presidente Lula, em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável havia sido suspenso em 2019, e recriado recentemente em cerimônia no Palácio do Itamaraty, com as presenças do presidente Lula e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, além de ministros e dos conselheiros que integram o colegiado.
Movimentos sociais, setor financeiro, agronegócio e fintechs são alguns dos segmentos representados no grupo. O modelo prevê a representação de trabalhadores, empresários e entidades setoriais, de modo a representar a pluralidade e a diversidade da sociedade brasileira.
“O novo Conselhão tem uma forte ênfase na inovação, além de trazer para o centro do debate a preocupação com a sustentabilidade, de modo transversal, e a diversidade nacional, com representantes dos mais variados setores”, explica o ministro Alexandre Padilha.
A diversidade dos membros do Conselho proporcionará diálogo plural, com espaço para vários tipos de informações e de pontos de vista. Os membros do Conselhão têm o propósito compartilhado de pensar o desenvolvimento do país, em um ambiente democrático de debate. Após a instalação do Conselho, serão criados grupos temáticos de trabalho que tratarão de discussões específicas de cada área.
SOBRE O CONSELHÃO - Criado por lei em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável teve uma exitosa experiência em seus mais de 15 anos de existência, até ser extinto em 2019.
O novo Conselho ganhou em seu nome o termo “Sustentável”, para chamar atenção sobre a potencialidade ambiental do país no atual cenário de mudanças climáticas. A recriação do Conselho fortalece as instituições e a democracia, contribuindo para a representação da sociedade brasileira, em sua complexidade, heterogeneidade e diferentes visões de mundo no processo de formulação de políticas e diretrizes voltadas ao desenvolvimento econômico social sustentável.
Tradicionalmente foi integrado por representantes da sociedade civil de diversos segmentos, em uma composição ampla e plural. No novo formato, pretende ser ainda mais representativo da sociedade, contando com cidadãs e cidadãos de diferentes grupos e classes sociais, com aumento da participação feminina e maior busca por diversidade étnico-racial e territorial. Os novos conselheiros participarão de debates qualificados, que subsidiarão a formulação de políticas públicas sobre o tema, em assessoramento direto ao Presidente da República.
Representantes da Região Norte no Conselhão:
Acre
Júlio Barbosa
Manoel Monteiro de Oliveira
Amazonas
Virgilio Viana
Elisa Wandelli
Ennio Candotti
Pará
Ademir Venturin
Ayala Ferreira
Maria da Glória Caputo
Maria das Graças Costa
Zélia Amador de Deus
Zienhe Castro
Rondônia
Rosângela Hilário
Roraima
Davi Kopenawa Yanomami