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POLÍTICA

Acusado de corrupção na Emurb, ex-presidente do órgão, Jackson Marinheiro tem recurso negado na Justiça do Acre

Acusado de corrupção na Emurb, ex-presidente do órgão, Jackson Marinheiro tem recurso negado na Justiça do Acre

A Câmara Criminal do TJAC decidiu rejeitar o pedido liminar formulado em sede de Habeas Corpus (HC) pela de defesa de Jackson Marinheiro, acusado de crimes contra a administração pública relacionados a período no qual exerceu o cargo de diretor-presidente da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (EMURB).

A decisão, que teve como relator o desembargador Elcio Mendes, considerou que não foram demonstrados, nos autos, de maneira suficientemente clara, os pressupostos autorizadores da concessão da medida.

A defesa alegou, em síntese, que o réu é alvo de 20 ações penais, sob acusações diversas de envolvimento em crimes contra a Administração Pública relacionados a período em que exerceu o cargo de diretor-presidente da EMURB, sendo que os processos versam sobre a existência de um suposto “esquema” de desvio de bens, serviços e recursos públicos, por meio de fraudes em licitação, irregularidades em pagamentos, execução de contratos públicos, entre outros.

Ainda de acordo com a defesa, o Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco e o Ministério Público do Acre (MPAC), supostas autoridades coatoras, não teriam respeitado o foro privilegiado dos investigados, o que ensejaria, na ótica da defesa, a nulidade dos processos, bem como das provas colhidas.

Dessa forma, foi requerido, liminarmente, entre outros: o imediato desbloqueio de ativos e colocação em disponibilidade de bens imóveis, desbloqueio quanto à emissão de guias de trânsito animal (para movimentação de rebanho de reses de propriedade do réu), restituição de bens e documentos apreendidos.

No mérito, foi requerido o trancamento das ações penais decorrentes da chamada “Operação Midas”, da Polícia Federal.

 

Decisão

Ao analisar o pedido liminar formulado em sede de Habeas Corpus, o desembargador relator Elcio Mendes assinalou que mesmo “após a leitura acurada das peças que estão a compor os (…) autos, não há, no âmbito da cognição sumária, como vislumbrar a presença dos pressupostos autorizadores para concessão da medida”.

“Portanto, a controvérsia, embora relevante, deve ser analisada quando do julgamento definitivo pelo Colegiado. Posto isso, indefiro a liminar pleiteada”, registrou o relator na decisão.

Assim, os pedidos do réu serão analisados pelo chamado Pleno Jurisdicional do Tribunal de Justiça do Acre, que é composto por todos os desembargadores da Corte Judiciária do Estado.