O clima dentro do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Acre não é dos melhores. Após o deputado estadual Adailton Cruz, único representante da sigla na Assembleia, cobrar um posicionamento do partido na tribuna da Assembleia, uma reunião de aproximação com o pré-candidato emedebista, Marcus Alexandre, foi realizada nesta sexta-feira (16), mas sem a presença de Cruz.
Ao Notícias da Hora, Adailton Cruz disse que não foi informado sobre a reunião e é visto por alguns dirigentes do partido como uma pessoa não bem-vinda. “Não fiquei sabendo, não”.
Questionado se há um movimento para deixá-lo fora das decisões, ele foi direto. “Sim, mesmo eles tendo o ano passado inteiro, apoio integral do meu gabinete, com cargos direto, nunca me chamaram para debater, é tampouco me queriam na direção do partido. Em razão disso, eu mesmo decidi me afastar”, pontuou o parlamentar.
Ainda de acordo com ele, os colegas de partido não reconheceram a eleição dele como um feito que poderia agregar para o partido. “Nunca deram se quer um parabéns por eu ter sido eleito deputado, mas, queria tudo do gabinete. Eu sou grato ao partido, que me deu legenda inclusive para vereador, mas hoje me sinto uma pessoa não bem-vinda ao partido. Não pelo partido, mas por alguns dirigentes. Então não vejo outro caminho senão sair do partido, assim que a legislação permitir”, enfatizou.
As mágoas reveladas por Adailton Cruz sobraram para Thiago Higino, que recentemente comentou uma publicação feita pelo Notícias da Hora a respeito da fala de Cruz na tribuna da Aleac. Na oportunidade, o deputado socialista disse que se sentia livre para apoiar candidaturas, uma vez que o partido não teria candidatura própria. Higino retrucou, disse que Cruz não falava pelo partido.
“Esse integrante é apoiador nato do PP, inclusive é cargo de confiança do deputado Manoel Moraes do PP e tem mais influência e espaço no partido, que eu, único parlamentar estadual eleito do partido, que mantenho todos os cargos da liderança para o partido, seis cargos. Então não dá, é seguir nosso trabalho pela saúde, pela população e depois a gente vê partido”, disse.