O advogado Mário Paiva, presidente da executiva municipal do PSDB, protocolou na Câmara dos Vereadores de Rio Branco um pedindo de abertura de processo disciplinar contra o vereador N. Lima (PP) pedindo a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro.
Mário Paiva diz que Lima agiu de má fé ao se basear em uma fake news em que ele afirma que o Papa Francisco quer "cancelar" a Bíblia. "Esse pedido estou fazendo por conta própria, como cidadão católico cristão", salienta o advogado.
"No bojo do discurso, o vereador faz menção desonrosa ao Papa Francisco, que é uma autoridade religiosa reconhecida mundialmente, fazendo insinuações que seria a chegada do anticristo, e afirmando que o Papa se achava Deus, que o Papa iria cancelar um documento escrito há mais de dois mil anos que é a Bíblia
Sagrada. O pior, senhores, é que mesmo tendo sido advertido pelo vereador Rodrigo Forneck e pelo vereador Dankar, o parlamentar representado sendo alertado rapidamente pelos colegas de que a notícia, na verdade, se tratava de uma fake news, manteve sua fala com base na noticia inverídica", lembra o advogado no documento protocolado na Câmara de Rio Branco.
Padres reprovaram fala de vereador
A fake news foi lançada no ar em sessão online pelo YouTube na quinta-feira passada (16). Logo após a repercussão, os padres Massimo Lombardi e Jairo Coelho, da igreja católica em Rio Branco, se manifestaram pelas redes sociais lamentando a notícia falsa propagada pelo vereador N. Lima.
Lombardi pediu perdão ao Papa Francisco. "Desculpe Francisco se um vereador do Acre deu uma mancada tão feia hoje. Nós não acreditamos em FAKE NEWS e ficamos envergonhados por estarmos mal representados neste Município. Pedimos sua benção pelo que nos preocupa mais, que é a pandemia."
Jairo Coelho escreveu um texto repreendendo o vereador e alertando-o a cumprir seu papel de parlamentar, que é fiscalizar e elaborar leis, não disseminar fakes e atacar pessoas.
Em uma parte do texto, o líder espiritual na diocese de Rio Branco pede a N. Lima que faça uma retratação pública por ter ofendido não só o pontífice, mas o povo católico, a quem ele também ofendeu.