A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez quantitativa de recursos hídricos nos rios que cortam o Estado do Acre.
A medida, anunciada em razão da severa seca, reflete a queda nas chuvas acumuladas nas bacias dos mananciais durante o último período chuvoso, que se estendeu de novembro a abril e apresentou índices abaixo da média histórica.
A crise hídrica não está restrita ao Acre. Estados vizinhos como Amazonas e Rondônia também enfrentam graves problemas relacionados à falta de água. O governador Gladson Cameli decretou situação de emergência ambiental em todos os 22 municípios; medida que se estenderá até 31 de dezembro deste ano.
O coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Carlos Batista, ressaltou que as previsões meteorológicas indicam chuvas abaixo da média para todo o Acre, especialmente na região leste, além de temperaturas mais elevadas do que o habitual. “Estamos projetando um ano muito seco, particularmente nos meses de agosto e setembro”, afirmou Batista.
A seca intensa tem desencadeado incêndios florestais devido à baixa umidade, elevando o risco de doenças respiratórias e impactando severamente a agricultura, a pecuária e a piscicultura. Municípios como Feijó, Epitaciolândia e Bujari estão enfrentando emergências significativas devido aos impactos econômicos e sociais da estiagem.