Alan Rick e Márcio Bittar (União/AC) e outros 36 senadores foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a visitar o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, preso desde o dia 14 de janeiro no 19º Batalhão da PM do Distrito Federal em função das investigações sobre os atos golpistas do dia 8 do mesmo mês. Na ocasião, Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.
Moraes, entretanto, impôs regras e o limite máximo de cinco senadores por visita. Eles são proibidos de entrar com celulares, câmeras ou gravadores e de entregar mensagens de 'qualquer espécie'. A presença de assessores, seguranças e da imprensa também não é permitida.
A decisão diz: “Defiro, parcialmente, o requerimento formulado, e autorizo, em caráter estritamente pessoal, não extensivo, sob nenhum pretexto ou condição, a terceiros acompanhantes, a visitação dos requerentes nominados com a limitação de 05 (cinco) Senadores da República por visita, a serem realizadas aos sábados domingos, conforme regulamentação geral e isonômica da própria Polícia Militar ao 19° Batalhão de Polícia Militar, em datas (sábados e domingos) a serem previamente agendadas junto ao comando do referido Batalhão".
Na próxima segunda-feira (8), Anderson Torres será ouvido no inquérito que apura suposta interferência na atuação da Polícia Rodoviária Federal para dificultar a movimentação de eleitores em redutos petistas durante o segundo turno das eleições de 2022.