A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ainda aguarda a ida da secretária Semírames Dias (Fazenda) para realizar a audiência pública que debaterá o polêmico decreto que ampliou de 50 para 75% a participação de empresas de fora nas coletas de preços das compras governamentais.
O convite à secretária, feito pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), foi aprovado por unanimidade na sessão do dia 26 de fevereiro. Regimentalmente o prazo de 30 dias a que Semírames deveria comparecer ao Parlamento expirou.
Conforme informações obtidas pela reportagem, a expectativa é que a secretaria vá ao Legislativo ainda essa semana. Até as primeiras horas desta quarta, contudo, ainda não havia nada confirmado. A demora na ida foi motivo de queixa na tribuna do plenário pelo deputado aliado do governo Fagner Calegário, eleito pelo PV e de mudança para o PSD.
Quando da apresentação da matéria, Edvaldo Magalhães retirou o termo convocação para usar convite com o objetivo de não transformar a questão em um acirramento entre governistas e opositores - o que dificultaria a sua aprovação. Para ele, o debate precisa ser mais amplo e ocorrer no campo técnico.
O requerimento também convida representantes do setor privado, como as federações do Comércio e da Indústria, para participar do debate. O convite foi aprovado por unanimidade pelos 17 deputados presentes àquela sessão.
O decreto assinado pelo governador Gladson Cameli foi motivo de muita polêmica entre os deputados da própria base. Gerlen Diniz (PP), líder do governo, e Roberto Duarte (MDB) chegaram a trocar farpas por conta do decreto.