O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) protocolou junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) projeto de resolução que concede o título de persona non grata ao coronel da reserva do Exército Jorge Fernando de Rezende, secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
Conhecido como o “coronel da Saúde”, Rezende esteve envolvido, na semana passada, em uma troca de farpas com os servidores da pasta que ocupavam o prédio da secretaria durante ato de deflagração de greve. O militar chegou a bater boca com o médico e deputado Jenilson Leite (PSB).
O secretário foi flagrado chamando os trabalhadores que estavam no ato de “vagabundos”.
“Não podemos aceitar que uma pessoa de fora venha para o Acre trabalhar e ser bem remunerada, e ainda se achar no direito de desrespeitar, ofender e agredir os acreanos”, afirma Magalhães.
Segundo o autor da proposta, o título de persona non grata tem um peso simbólico. “É uma espécie de repúdio público, publicado no Diário Oficial porque o projeto de resolução vira lei. Importante para carimbar que os acreanos são acolhedores, não aceitam ser desrespeitados”, explica o deputado.
Diante da insatisfação dos parlamentares com o atual quadro de calamidade na Saúde do governo Gladson Cameli (PP) - somada à inabilidade política dos gestores da pasta de manter interlocução com os parlamentares - há grandes chances de o projeto ser aprovado em plenário, contando com votos da base governista. Antes, ele precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa.