Torres está de férias nos Estados Unidos com retorno previsto para o fim do mês
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes , determinou nesta terça-feira (10), a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres .
Torres está de férias nos Estados Unidos com retorno previsto para o fim do mês. Com a determinação de Moraes, assim que o ex-ministro chegar ao Brasil ele deve ser preso pela Polícia Federal .
O ex-ministro foi escolhido pelo governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB) , para assumir o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Após a posse no dia 2 de janeiro, ele viajou de férias para os EUA.
No domingo (8), quando os atos golpistas aconteceram na Praça dos Três Poderes, em Brasília , Torres já não estava no Brasil. No mesmo dia ele foi exonerado do cargo por Ibaneis, atendendo a um pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a detenção em flagrante de Torres e de demais agentes públicos que facilitaram a invasão na Esplanada.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na repressão aos ataques. O órgão pediu ainda a investigação e responsabilização civil e criminal dos autores dos atos, sendo "indispensável a determinação de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos".
Prisão do ex-comandante da PMDF
Moraes determinou também nesta terça-feira a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) , coronel Fábio Augusto. Ele era o responsável pela PMDF no último domingo (8), quando ocorreram os atos terroristas em Brasília.
Fábio Augusto foi demitido do comando da corporação pelo interventor federal na segurança pública de Brasília, Ricardo Cappelli, escolhido por Lula após decretar intervenção federal no Distrito Federal. O coronel Klepter Rosa foi nomeado para assumir a PMDF.
Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira que as instituições vão punir “todos os responsáveis” pelas ações terroristas que ocorreram na Praça dos Três Poderes, no último domingo (8), por apoiadores do ex-presidente.
"Dentro da legalidade, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer", explicou o magistrado.