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POLÍTICA

Alvo da PF, Fábio Araújo diz que sofre perseguição política: “ainda não fui intimado”

Alvo da PF, Fábio Araújo diz que sofre perseguição política: “ainda não fui intimado”

O vereador Fábio Araújo (PDT), alvo da Polícia Federal em inquérito que apura suposto desvio de dinheiro público destinado ao combate da Covid-19, alega que está sofrendo perseguição política, e diz que ainda não foi sequer intimado para esclarecer os fatos em que a Polícia Federal o envolve.

“Eu apenas presto consultoria, há mais de 15 anos, na área de licitações. Eu não tenho nenhum envolvimento com coisas erradas. Não tenho nada a ver com valores, preços, e nem fui responsável por qualquer venda. Ainda não fui intimado pelo Ministério Público, mas quando eu for, vou me manifestar”, alega o parlamentar.

Araújo expos a situação durante a sessão da Câmara Municipal de Rio Branco, nesta quinta-feira, dia 24. Segundo Fábio, foi estranho que em meio a uma “oposição forte À Prefeitura de Rio Branco, tenha havido essa operação”, e que agora, à véspera da eleição da Mesa Diretora, o assunto tenho vindo à tona mais de 50 dias após a decisão.

“Eu já tinha conhecimento disso. O bloqueio que foi feito já foi inclusive resolvido, naquilo que coube a mim, mas não entendo porque apenas agora, nas proximidades da eleição da Mesa Diretora. Fica claro que há um interesse por trás disso, mas vou me manifestar quando eu for intimado”, completa o vereador.

ENTENDA O CASO – A Polícia Federal concluiu as investigações referentes à ‘‘Operação Contágio’’, que apurava ilegalidades em processo de dispensa de licitação, ocorrido no primeiro semestre do ano de 2020, no município de Plácido de Castro/AC.

O contrato possuía um valor aproximado de R$ 512 mil e visava a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s), para profissionais da saúde, que atuavam no combate à pandemia causada pelo COVID-19.
Segundo foi apurado nas investigações, servidores públicos do alto escalão do município e empresários, à época, se valeram da flexibilização das regras de contratações criadas pela Lei n. 13.979/2020, e se utilizaram de pesquisa realizada com potenciais fornecedores para efetuar a assinatura do contrato em questão.

Segundo Laudo Pericial, houve superfaturamento de cerca de R$ 394 mil. Com isso, o Poder Judiciário autorizou o sequestro de valores de contas bancárias, de imóveis e restrições sobre veículos dos envolvidos.

Foram indiciados empresários envolvidos no esquema, incluindo o hoje vereador Fábio Araújo, funcionários das empresas e o Secretário de Saúde, à época, de Plácido de Castro. Eles responderão pelo crime de Desvio de Rendas Públicas, cuja pena pode chegar a 12 anos de reclusão.