Nesta quarta-feira (3), a deputada Antônia Sales repudiou a fala do assessor da secretária de Estado de Saúde, Paula Mariano, Raimundo Pinheiro, que chamou a esposa de um paciente de “tranqueira”. A mulher pedia agilidade ao assessor para que o esposo fosse atendido, dada a gravidade do estado de saúde do companheiro. As declarações do assessor estão em um áudio vazado que circula na internet.
“Fora isso, eu quero dizer um caso mais grave que aconteceu terça-feira. Acho que o senhor, deputado Pedro Longo, como membro da base, tem que tomar providências. Os seus secretários e os assessores dos seus secretários não estão cumprindo com suas obrigações. Uma assessor da secretária Paula Mariano foi chamar essa senhora de tranqueira. Isso é falta de respeito, de humanização”, disse Antônia Sales.
A emedebista falou, ainda, da dificuldade das pessoas que necessitam de tratamento fora de domicílio. “A gestão da Saúde do Estado também não está bem. Não podemos bater palmas, porque o nosso povo está sofrendo, principalmente àqueles que fazem tratamento fora de domicílio (TFD). Eles [pacientes] deixam seus filhos e quando chegam na cidade que vão realizar tratamento, no caso Rio Branco, eles encontram uma enorme fila. ‘Falta esse exame, não tem na rede pública, tem que pagar’. E o pobre cidadão desempregado, que não tem nenhuma renda, fica à mercê do tempo, na fila da morte, porque está com uma doença que precisa de celeridade no tratamento. Muitos deles com câncer. Câncer é para se atender ontem e não depois, aqui infelizmente está acontecendo isso”.
Em seu pronunciamento, Antônia Sales elogiou a postura do superintendente da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), João Paulo Silva. Para ela, é o único que faz uma boa gestão e presta conta dos recursos destinados. “Entre toda a precariedade da Saúde do nosso Estado, que não está correspondendo a promessa que ele [Gladson] fez, aqui eu quero destacar um que se salva ainda, que é o diretor da Fundhacre. Esse pelo menos se esforça para dar conta da missão que lhe foi entregue. Quem dera, que todos os secretários a qual a gente remaneja os recursos, fossem como o João Paulo, da Fundhacre”.