A deputada Antonia Sales (MDB) participou antes do início da sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 21, da Audiência Pública das Comissões de Serviço Público, Trabalho e Municipalismo, de Obras Públicas, Transportes e Comunicação. O objetivo era debater as condições de trafegabilidade das BRs federais no Acre, principalmente as condições atuais da BR 364 em seus trechos mais críticos.
Para a deputada a audiência vai ajudar os parlamentares a lutar por mais recursos para melhoria da BR 364. “Essa estrada está arrebentada. A base dela está destruída devido a infiltração que vem debaixo. A Tabatinga não dá liga. Aqui não é uma audiência política, mas sim algo de interesse da população. O contrato está baixo e algumas empresas devem abandonar a obra”, destacou a deputada.
O proprietário de uma das empresas que faz o trecho da Rodovia entre os municípios de Sena Madureira e Feijó, empresário acreano, Jarbas Soster, informou que grandes problemas existe na manutenção da BR-364. Para Jarbas atualmente os insumos tiveram seus preços duplicados e até mesmo triplicados.
“Os contratos realizados não contemplam os serviços em sua integralidade. Estamos debatendo com o DNIT a questão dos preços, e aumento de até 500% dos insumos, por exemplo, o cimento que teve aumento de 100% e o diesel que dobrou. A situação dos transportadores, cooperativas estão em estado de insolvência. Estamos enxugando gelo na BR-364, pois são mais de 600km de estrada e poucos recursos para tomar conta dessa malha”, explicou Soster.
Jarbas defendeu que o ideal era que a rodovia passasse por restauração e manutenção, mas defende mais recursos.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Carlos Moraes disse que soluções estão sendo encontradas. “Trabalhamos para uma solução definitiva da BR 364. Não vamos ficar só em manutenção que dá a impressão de enxugar gelo. O que eu tenho falado para os empresários, vá no Poder judiciário e peçam uma rescisão do contrato judicialmente pois o contrato está insuportável ou se presta ao serviço e vamos tentar tocar as obras”, deixou claro, Carlos.
