Em entrevista à jornalista Angélica Paiva na manhã desta sexta-feira, 29, durante encontro de mulheres na Assembleia Legislativa, com a participação da ministra Damares Alves, da Mulher e dos Direitos Humanos, Gladson Cameli confirmou o que o Notícias da Hora já havia informado no início da semana: O GPPE, Grupo Permanente de Planejamento Estratégico, "vai acabar". "Quem vai determinar qualquer assunto é o governador", disse Cameli.
O grupo é formado por chefes da Secretaria da Fazenda, Casa Civil, Controladoria Geral do Estado (CGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Secretaria de Planejamento (Seplan) e é responsável por orientar e assessorar Cameli, porém há quem reclame que o GPPE tem muito mais poderes do que o próprio governador.
E mais: políticos da base e empresários afirmam que o grupo burocratiza as ações do governo.
Para pôr fim aos superpoderes do quinteto de secretários, Gladson confirmou o envio de uma minirreforma, chamada por ele de "ajuste", à Assembleia Legislativa.
Além de reduzir as atribuições do GPPE, que foi criado via lei complementar 355 no final do ano passado, a minirreforma vai recriar o Instituto de Mudanças Climáticas, o Instituto Dom Moacyr e a Secretaria de Assistência Social com atenção voltada às mulheres e aos indígenas.
O projeto irá para a Aleac para votação no início de abril.