Após anunciar que enviaria carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), ao ministro da Justiça Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato para que reabram o caso Edmundo Pinto, governador do Acre assinado em São Paulo em 1992, o ex-vereador de Rio Branco disse que vem sofrendo ameaças.
Sem citar de onde partem as ameaças, Pinto limitou-se a dizer que vem sendo alvo de pressão para permanecer calado. Em um comentário feito em rede social, o ex-parlamentar teme ser morto.
“Estou sendo ameaçado. Se algo acontecer comigo será queima de arquivo”, escreveu.
O governador acreano, Edmundo Pinto, cumpria agenda em São Paulo naquele dia 17 de maio de 1992. Foi assassinado dois dias antes de depor na CPI do FGTS que investigava superfaturamento nas obras do Canal da Maternidade, em Rio Branco.
Em março de 1992, o deputado estadual João Correia, relator da CPI na Assembleia Legislativa do Acre, disse que as obras foram superfaturadas em 100%. A CPI investigava a participação de membros do governo no superfaturamento que tinha a empreiteira Norberto Odebrecht, como responsável pela execução do projeto.
Com a morte de Edmundo Pinto (1992), a obra não saiu do papel. Só veio a ser executada a partir do governo de Jorge Viana (1999) com outro formato diferente do idealizado por Pinto.