O secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho, respondeu o ex-deputado estadual Daniel Zen, que já foi secretário da pasta, e o juiz aposentado Ednaldo Muniz. A fala de Aberson foi proferida durante o Papo Informal desta quinta-feira (9/10), apresentado pelo jornalista Luciano Tavares. Carvalho falou sobre o custo Amazônia.
“Estamos brigando com o MEC para que o fator Amazônia, o custo Amazônia, seja inserido nesse processo. Não dá para o aluno de São Paulo que ganha R$ 7,5 mil, o aluno do campo, e o aluno do Acre ser o mesmo valor. Eu tenho escola, Luciano, que são 18 dias de barco para chegar, levando merenda, levando mobília. A gente ainda tem, Zen, só para justificar, desde a sua época, um número grande de escolas sem energia elétrica. E aí como a energia elétrica é computada nesse cálculo do CLP? Quando você tem 135 escolas que ainda não possuem energia elétrica, mesmo com esse programa social de energia fotovoltaica?”, questiona.
E acrescenta: “essa Educação do campo, ela precisa ser reparada, não só pelo governo estadual. Mas, também pelo governo municipal [prefeitos], mas também pelo governo federal. Nós temos uma Educação que é financiada e nós precisamos discutir o financiamento da Amazônia. De como fazer Educação para a Amazônia. Como garantir o prato extra em comunidades que eu só consigo chegar com 18 dias. Essa escola que fica lá em cima, em Tarauacá, eu só consigo levar industrializados. Eu não consigo levar perecíveis. Realidades essas, é preciso conhecer o Acre”, afirma.
