Além do auxílio-moradia ou do imóvel funcional, os deputados recebem um salário superior a R$ 44 mil por mês e tem uma verba de gabinete de R$ 118.376,13. Com ela, eles podem pagar até 25 assessores em Brasília e nos estados, com salários que podem chegar a R$ 16 mil. Além disso há cota parlamentar. No Acre, essa cota supera os R$ 50 mil para compra de passagens aéreas, pagamentos de contas de celulares e até lanches rápidos.
Dos 8 deputados federais do Acre, mais da metade, ou seja, cinco deles, fazem uso do imóvel funcional. Os dados são da Câmara dos Deputados em um levantamento feito pelo Notícias da Hora nesta quinta-feira (8).
Coronel Ulysses (UB/AC), Gerlen Diniz (PP/AC), Meire Serafim (UB/AC), Roberto Duarte (Republicanos/AC) e Fábio Rueda (UB/AC) residem no imóvel funcional da Câmara. Eduardo Velloso (UB/AC), que está licenciado, morou no imóvel até o dia 11 de janeiro quando entrou as chaves para o novo morador, o deputado Fábio Rueda.
A deputada Socorro Neri (PP/AC) é a única que recebe o auxílio-moradia no valor de R$ 4.253,00.
Já os deputados Zezinho Barbary (PP/AC) e Antônia Lúcia Câmara (Republicanos/AC) não fazem uso dos apartamentos concedidos pela Casa Legislativa, porém também não recebem o auxílio-moradia.
Ainda de acordo com a Transparência da Câmara, o salário bruto de um deputado federal é de R$ 44.008,52.
Verba de Gabinete
Cada deputado tem direito a uma verba de gabinete no valor de R$ 118.376,13 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares. Estes podem ser contratados para atuar no apoio ao mandato tanto em Brasília quanto nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados com salários que variam de R$ 1.408,11 a R$ 16.640,22.
Cota Parlamentar
O Acre tem a maior cota parlamentar entre os estados brasileiros. Cada deputado acreano tem direito a R$ 50.426,26. Este dinheiro é usado custeio de atividades relacionadas ao mandato. De acordo com a Câmara dos Deputados, “o valor varia de estado para estado, porque grande parte da cota é gasta com passagens aéreas para Brasília”. Isso justificaria o valor pago a cada deputado acreano, uma vez que o trecho é um dos mais caros do país. Além de pagar passagens, este dinheiro pode pagar a conta do celular do parlamentar.
“Algumas despesas são reembolsadas, como as com os Correios, e outras são pagas por débito automático, como a compra de passagens. No caso, de reembolsos, os deputados têm três meses para apresentarem os recibos. O valor não utilizado fica acumulado ao longo do ano”, diz a Câmara dos Deputados.