Bolsonaristas permanecem ocupando a rua Valério Magalhães, um dos acessos ao 4º BIS, apesar da determinação do juiz Giordane Dourado para liberação do tráfego de veículos e pessoas nas vias nos arredores do batalhão.
Os manifestantes colocaram duas tendas no meio da rua e ocupam também as calçadas. No local, eles jantam e almoçam. Permanecem como se fosse um acampamento de férias. O churrasco é feito em um terreno na esquina entre as ruas Colômbia e Valério Magalhães.
Um vídeo enviado ao Notícias da Hora por um morador da região comprova que os manifestantes fazem o contrário do que manda o juiz. E o pior: sem qualquer incômodo, inclusive policial.
O morador tinha a intenção de acessar a rua Valério Magalhães, mas se viu impedido, tamanha era a quantidade de gente ocupando a rua com bandeiras do Brasil.
A decisão judicial veiculada ontem na imprensa local diz: “Defiro o pedido de medida liminar para determinar que o Estado do Acre, por meio da Policia Militar, proceda, no prazo máximo de três horas, às providências necessárias para liberar o tráfego de veículos na Rua Colômbia e vias adjacentes, no Bairro Bosque, nesta cidade, mantendo a fluidez do trânsito, bem como para impedir manifestações sonoras que, após ás 22h, comprometam o repouso noturno dos moradores da região, sob pena de multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por hora de descumprimento, limitada ao período de trinta dias”.
Giordane Dourado lembra que a manifestação não esta proibida, porém o ir e vir das pessoas deve ser assegurado.
“Esclareço que esta decisão não implica qualquer medida que impeça os manifestantes de exercer sua liberdade de expressão e direito de reunião de forma pacifica e organizada, desde que observados os limites acima estabelecidos”, diz o magistrado.
O apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam em frente ao 4º BIS desde a terça-feira (1º). Eles pedem intervenção federal.
A exemplo de outros lugares do país, bolsonaristas do Acre não aceitam a derrota eleitoral de Bolsonaro e a vitória de Lula, no domingo (30), dia da votação do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. Dizem que houve fraude nas urnas.