Informações, presentes no inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal, apontam para uma normalidade no preço do querosene de aviação praticado no Acre em comparação a outras regiões do País. O que não justificaria os altos preços das passagens aéreas, que chegam a uma tarifa média 80% maior nos voos que saem do Acre, em comparação com o resto do Brasil.
A resposta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contraria o que defende a Gol Linhas Aéreas, que em resposta ao MPF disse que o alto custo na aquisição do combustível utilizado na aviação é o maior responsável pelo preço da passagem.
No Acre, um decreto do governador Gladson Cameli, garante renúncia fiscal no querosene de avião, beneficiando as grandes companhias aéreas Latam e Gol. A renúncia chega a 97%. O decreto é de maio de 2019.
Na Assembleia Legislativa do Acre tramita um projeto de decreto legislativo, apresentado pelo deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) que tenta sustar essa renúncia. Ele argumenta que, apesar do incentivo, as companhias não reduziram os preços das passagens. Com a sustação do decreto, o incentivo seria mantido a apenas as empresas que fazem a aviação regional.