No final da tarde de sexta-feira, 29, o governador Gladson Cameli se reuniu com as 44 famílias provenientes da Terra Prometida, que estão acampadas no hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para anuncia proposta para realocação dessas pessoas.
Porém, o que deveria ser um acordo para marcar o encerramento do acampamento e oferecer perspectivas de moradia e assistência social para todas essas famílias, durou apenas algumas horas.
Na madrugada deste sábado, 30, eles retornaram para a 'Casa do Povo'. Eles tinham sido realocados no conjunto habitacional Marielle Franco, localizado próximo ao bairro Defesa Civil. A ação foi realizada em colaboração com a Associação Esperança para um Novo Milênio.
No entanto, eles alegam que o local era inapropriado para acomodar às famílias.
"Quando chegamos lá, tinha somente uma tenda, e o mato estava dando no meio da canela. E as outras pessoas não tinham onde ficar. Mães com crianças, todas 'jogadas'. Não tinha sequer um banheiro. A gente não tinha almoçado nem jantado, nem tomado banho. Chegamos lá achando que estava tudo organizado para montar as barracas, mas não fizeram o que haviam prometido. Eles não quiseram trazer a gente de volta. Fizemos uma cota e contratamos um caminhão. Eles não queriam que a gente saísse lá de dentro. Quase não conseguimos acampar novamente na Assembleia porque a polícia não queria deixar. Não vamos sair daqui até que haja uma solução verdadeira para o nosso problema", disse
Simone Evangeli, uma das desabrigadas.