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POLÍTICA

Após Acre perder crianças em 2022 por falta de assistência adequada, hospital pediátrico está no PAC

Após Acre perder crianças em 2022 por falta de assistência adequada, hospital pediátrico está no PAC

Além da recuperação da BR-364, das construções da ponte de Rodrigues Alves e do Hospital Universitário, uma das novidades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta (11) é a implantação do Hospital de Urgência e Emergência Pediátrica, além da ampliação da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.

Em 2022, crianças morreram por falta de leitos adequados após serem acometidas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O caso ganhou repercussão nacional. Até hoje, as famílias aguardam da Justiça um posicionamento para responsabilizar os culpados. Os familiares das vítimas acusam o Estado de ser responsável pela morte de 28 crianças.

Na época, a secretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, reconheceu as deficiências no sistema. “Se houve algum erro, alguma negligência por parte da Saúde, a gente reconhece, mas tem que ser apurado, nenhum de nós aqui está dizendo que está a mil maravilhas”.

Já em novembro do ano passado, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 2ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, ajuizou Ação Civil Pública de reparação de danos em face do Governo do Estado do Acre pela morte de crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ocorridas entre abril e julho deste ano.

Em trecho da decisão, o promotor Ocimar da Silva Sales Júnior diz: “a falta de leitos de UTI, de aparelhos de oxigenação, a escassez de profissionais médicos para atuar na frente de combate àquele cenário crítico, somado ao desabastecimento de medicamentos essenciais e insumos hospitalares primordiais ao combate às síndromes respiratórias que se alastraram no primeiro semestre de 2022, não foram fatos circunstanciais ou restritos a uma, ou outra, unidade hospitalar, mas, sim, caracterizadores de um verdadeiro gerenciamento indevido da rede pública estadual de saúde, prejudicando o serviço de assistência que deveria ser ofertado com a mínima qualidade exigível à sociedade acreana”, pontuou à época.