O conselheiro tutelar de Rio Branco, Ari Oliveira, se manifestou na tarde desta terça-feira (8) sobre a atuação da entidade, logo após o alerta do deputado estadual Pedro Longo (PV) acerca da quantidade de crianças pedintes nas ruas centrais da capital.
O parlamentar lamentou o grave problema social e publicou uma foto em sua página no Facebook em que aparecem uma criança e sua mãe, provavelmente indígenas oriundas da Venezuela, próximas a um semáforo na frente da sede do Imac no cruzamento entre as ruas Rui Barbosa e Marechal Deodoro.
O conselheiro tutelar reforçou a necessidade de "multiplicar forças para chamar a atenção de todos para esses casos que vem acontecendo em Rio Branco" e esclareceu que a missão de abordar pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas, a exemplo do caso mostrado pelo parlamentar, não é de responsabilidade do Conselho Tutelar, mas do serviço de abordagem social da SASDH, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. Essa é a primeira porta de entrada em um serviço em que há um fluxo de atuação de diferentes instituições.
"O município de Rio Branco conta com um serviço chamado abordagem social, que é vinculado à SASDH. Esse serviço é o primeiro na porta de entrada quando temos situações de mendicância, trabalho infantil, exploração de menores nas ruas, beco, bielas e avenidas. Em caso de reincidência o MP será acionado e o desfecho final poderá ser o acolhimento da criança em abrigos da capital. Claro que vamos sim atuar em situações como essa de forma imediata, mas devemos respeitar o fluxo e garantir que o serviço seja efetuado com seriedade nos órgãos competentes", acrescenta Ari Oliveira.
Ele também lamenta: "Nesse momento estamos vivendo algo jamais visto na nossa capital, que são os indígenas pedindo dinheiro nos semáforos, muitas vezes arriscando até a vida dos seus filhos entre os carros e motos".