O vice-governador Major Rocha (PSL), mesmo interno em um leito semi-intensivo do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, voltou à ativa nas redes sociais neste domingo (2). Rocha aproveitou para tecer comentários sobre a Operação Ptolomeu, deflagrada em dezembro de 2021 e que coloca o governador Gladson Cameli e a cúpula do governo no centro das investigações.
Para o vice-governador, os fatos apurados pela Polícia Federal demonstram apenas a “ponta do iceberg” e que mais coisas devem vir à tona nos próximos meses. “A ponta desse iceberg chamado “Ptolomeu’’, para um estado que tem pouco mais de 800 mil habitantes, representa um saque direto na carteira de cada acriano, rico ou pobre, da ordem de quase mil reais. É bem verdade que os 800 milhões desviados segundo a Polícia Federal, valores esses desviados da saúde e da educação, prejudicam a imensa maioria. Aqueles que representam mais de 70% da população e que sobrevivem graças CADÚNICO e AUXÍLIO EMERGENCIAL. Também não é demais rememorar que a ‘’ Ptolomeu ‘’ apura apenas uma singela parcela da corrupção acreana”, ressalta.
E acrescenta: “Muito mais teríamos se tivessem apurado a fundo os contratos da saúde, da educação, da infraestrutura, da mídia, bem como ainda aqueles outros tantos contratos suspeitos que envolvem cargos comissionados acrianos entregues à amazonenses e empresas do Amazonas que ganham contratos e caronas em todas as áreas, naquilo que ficou conhecido como “Conexão Manaus’’.
A deputada federal Mara Rocha (PSDB), irmã de Rocha, comemorou o retorno dele às redes sociais. “Graças a Deus ele voltou! Major Rocha, Sempre firme! Se recupere! Deus tem um grande propósito na sua vida”.
Veja a publicação na íntegra
Vivemos tempos estranhos. Pandemias, crises, fome, violência, desemprego, cinismo e corrupção são os ingredientes dessa baderna generalizada. Não posso e nem vou generalizar, existem profissionais competentes e comprometidos com a coisa pública nos órgãos de controle e na imprensa. Também não vou contemporizar com aqueles que foram coniventes ou omissos pelos mais variados motivos. A serem verdadeiros os levantamentos constantes dos autos da Operação Ptolomeu, conduzido pela Polícia Federal, que estima um desvio de valores na casa dos 800 milhões de reais, é inevitável constatar que isso só foi possível com a conivência ou omissão de quem deveria fiscalizar.
Alerto que esse caso, investigado pela “Ptolomeu”, é só um entre os muitos outros casos que estão sendo e que ainda serão apurados. Quero tratar disso mais adiante.
Voltando ao caso que envergonhou a povo acreano através da mídia nacional, é interessante frisar que enquanto boa parte da mídia local criava uma cortina de fumaça, enaltecendo dancinhas e e outras futilidades, fazendo valer a máxima de Joseph Goebbels que dizia que uma mentira dita por várias vezes se transformava em verdade. Por trás dessa nuvem de hipocrisia, para citar somente um exemplo, a Polícia Federal identificava o superfaturamento da ordem de mais de 100% do medicamento Cloxane (Enoxaparina Sódica), do Laboratório Sanofi, que deveria, segundo a tabela da CEMED, custar no preço máximo R$ 24,24 (vinte e quatro reais e vinte quatro centavos, foi adquirido por R$ 46,00 (quarenta e seis reais). Só para lembrar, Cloxane é um anticoagulante que fez muita falta aos pacientes em tratamento de COVID-19. A ponta desse iceberg chamado “Ptolomeu’’, para um estado que tem pouco mais de 800 mil habitantes, representa um saque direto na carteira de cada acriano, rico ou pobre, da ordem de quase mil reais. É bem verdade que os 800 milhões desviados segundo a polícia federal, valores esses desviados da saúde e da educação, prejudicam a imensa maioria. Aqueles que representam mais de 70% da população e que sobrevivem graças CADÚNICO e AUXÍLIO EMERGENCIAL. Também não é demais rememorar que a ‘’ Ptolomeu ‘’ apura apenas uma singela parcela da corrupção acreana. Muito mais teríamos se tivessem apurado a fundo os contratos da saúde, da educação, da infraestrutura, da mídia, bem como ainda aqueles outros tantos contratos suspeitos que envolvem cargos comissionados acrianos entregues à amazonenses e empresas amazonas que ganham contratos e caronas em todas as áreas, naquilo que ficou conhecido como “Conexão Manaus’’.
Triste Acre, um povo usurpado e carente que vive de dancinhas e marmotas, sem saúde, sem educação, sem infraestrutura e sem perspectiva, mas sustentando os ricaços do Amazonas.