Em ofício encaminhado ao governador do Acre, Gladson Cameli, e a outros oito chefes de Estado que assinaram contrato de importação em caráter excepcional da vacina Sputnik V, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, agendou uma reunião para a próxima terça-feira (6) para tratar sobre o tema. O encontro será realizado uma semana após a reguladora conceder à Inovat Farmacêutica/União Química, fabricante da vacina russa no Brasil, o certificado de boas práticas de fabricação, documento necessário para obtenção do registro de medicamentos biológicos e que serve como garantia de que as empresas cumprem com as boas práticas necessárias para assegurar a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos.
Conforme o ofício da Anvisa, a reunião será com a participação dos governadores do Acre, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Maranhão, Pernambuco, Piaui, Rio Grande do Norte e Sergipe.
O ofício da agência reguladora informa a priori que os documentos dos Estados recebidos pelo órgão encontram-se em análise, à luz da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 476, de 10 de março 2021, que "Estabelece os procedimentos e requisitos para submissão de pedido de autorização excepcional e temporária para importação e distribuição de medicamentos e vacinas contra Covid19 para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do surto do novo coronavirus (SARS-CoV-2), nos termos da Lei n 14.124, de 2021".
Acre quer 700 mil doses
Semana passada, o governador Gladson Cameli assinou o contrato de compra de 700 mil doses da Sputnik V. A aquisição é resultado de um acordo firmado com o Consórcio de Governadores do Norte e Nordeste. Serão 37 milhões de doses distribuídas entre os nove estados que aderiram ao grupo, das quais 10 milhões aos estados a região Norte.
A Sputnik é aplicada em duas doses. A meta, portanto, é acelerar a vacinação no no Acre de 350 mil pessoas. As 700 mil vacinas custarão cerca de R$ 40 milhões ao Estado do Acre.