Passado quase um mês desde o início da retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os deputados devem, enfim, nesta quarta-feira, 27, instalar as comissões permanentes da Casa.
A demora se dá por conta de impasses dentro da base de sustentação do governo Gladson Cameli (PP). Brigando por espaços privilegiados, os aliados não conseguem entrar em consenso pelos comandos das comissões.
Por terem ampla maioria, os acordos fechados dentro da bancada governista são essenciais para definir as eleições de quem ocupará as presidências e vices. As mais cobiçadas são a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Orçamento e Finanças. Por tradição, a primeira deve ficar com o atual líder do governo, Gerlen Diniz (PP).
Já a briga mais intensa ocorre pelo comando da de Orçamento e Finanças, que tem entre suas atribuições avaliar projetos como a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que são enviadas pelo Executivo e definem de que forma o Palácio Rio Branco gastará suas verbas.
O presidente da Aleac, Nicolau Júnior (PP). tem sido pressionado por membros da oposição para que cobre dos aliados a definição de nomes para as chefias da comissões, cuja atuação é essencial para o bom funcionamento do Parlamento. Os oposicionistas querem uma definição ainda essa semana, a última antes do feriadão de Carnaval.