A decisão judicial que abriu trânsito parcial na BR-317, não agradou a liderança do movimento, que ao tomar ciência da situação gravou um vídeo e relatou que se por ventura as coisas não saírem como o esperado, na Audiência Pública, marcada para a próxima sexta-feira (9), eles não irão cumprir o que deliberou o Judiciário.
Na mesma publicação, eles ainda aproveitaram para mandar uma mensagem direcionada à Presidente da Câmara de Boca do Acre, Taísa Onofre (PP), dizendo que ela não é mais bem-vinda no movimento, porque ela concordou com os desígnios judiciais, ficando ao lado da população e dos taxistas, que muito tem sofrido com a severidade do protesto.
Onofre ratificou que não faz mais parte do movimento, já que não concorda com a posição de se descumprir medidas judiciais, e foi mais longe ao reiterar que todo seu trabalho se restringe ao bem da população que a elegeu.
"Estive apoiando o protesto desde as primeiras horas em que ele aconteceu, mas não posso concordar que uma medida judicial seja descumprida e que a nossa população sofra por causa do radicalismo dos protestantes, que pretendem chamar a atenção dos órgãos e autoridade fazendo o nosso povo sofrer", explica a Edil.
A presidente argumentou mais, que os protestantes podem usar um novo Modus Operandi para despertar o olhar dos organismos, mas que para isso evitem o sofrimento dos populares.
"O protesto é válido, desde que não fira o direito de ir e vir, desde que não cause o sofrimento de uma população que não tinha mais combustível, gás, entre outros artigos de primeira necessidade", argumentou a parlamentar.
"Prefiro me afastar, a prosseguir sem seguir as regras e em detrimento da população", completa.
A Chefe do Legislativo lembrou da classe dos Taxistas, que necessitam labutar diariamente para colocar comida na mesa, mas que enfrentam revolta do movimento e continuam impedidos de trabalhar.
"Tem taxista chorando, porque já não tem mais nada em casa para comer, outros dizem que não terão dinheiro para pagar a parcela do carro, entre outras coisas, ou seja, é inadmissível ver o trabalhador sendo prejudicado", disse.
"Todos nós precisamos dessa estrada, vamos continuar lutando por ela, mas a nossa população não precisar sofrer, nossos trabalhadores não merecem ser impedidos de trabalhar, se o protesto for pacífico, eu tô dentro, mas se for radical e desrespeitoso, não contem comigo", concluiu.