Após decretar estado de emergência por causa das queimadas no Acre, o governador Gladson Cameli disse na manhã desta sexta-feira, 23, durante coletiva no Palácio Rio Branco que vai evitar qualquer tipo de "politicagem" sobre o tema e acrescentou, como já havia afirmado anteriormente, que seu programa de governo do agronegócio não contraria qualquer agenda pela sustentabilidade e o meio ambiente.
"Não vou politizar esse tema. Não está no meu vocabulário a omissão. E eu já estou determinando que os órgãos de fiscalização atuem. Sobre o agronegócio, eu já disse que sou a favor do novo Código Florestal brasileiro e do desenvolvimento pelo agronegócio com preservação. Ou seja, usarmos as áreas que já temos e que podem ser utilizadas para o plantio, mas sem excessos, sem queimadas e derrubadas", afirmou.
A coletiva reuniu, além do governador, secretários de Estado e representantes do setor ambiental do Acre.
Cameli informou ainda que o presidente Jair Bolsonaro deve vir ao Acre para averiguar de perto a atuação situação no estado. O presidente deve visitar ainda outros estados do Norte em situação crítica. Ainda não há data confirmada para a visita do presidente. Bolsonaro também vai decretar emergência em nível nacional.
O decreto foi assinado após a elevação da quantidade de queimadas no Acre. Na segunda-feira, o governador decretou estado de alerta.
De acordo com o Instituto de Meio Ambiente do Acre houve um aumento de 50% em casos de queima em agosto em relação ao mesmo período do ano passado no estado. Em todo Acre, em 2019, foram registrados mais de 2. 533 mil focos de queimadas. Ano passado até o mesmo período foram registrados pouco mais de 2. 100 casos.